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Chapter 6 - Sexto capítulo - novo dia, novo terror

Dia 4

No meio da madrugada, enquanto os jovens descansavam, algo inesperado aconteceu. Jason, deitado e se contorcendo de dor, bastante alto quando uma quantidade absurda de energia explodiu em seu peito, subindo em direção ao céu. A força era tão intensa que cortava o teto do abrigo, e a luz podia ser vista de cidades distantes.

Assustados, os outros correram para ver Jason. Ele estava exausto, suando e com uma expressão de dor intensa.

— Esse lugar já não é seguro — disse War, olhando ao redor com desconfiança. — precisamos tirar o Jason daqui.

— Não agora... — Jason murmurou, com dificuldade. — É perigoso demais andar à noite... Vamos esperar o amanhecer.

Todos concordaram, mas ninguém conseguiu dormir direito depois daquilo. Jason parecia mal, mas assim que o sol nasceu, ele estava de pé, como se nada tivesse acontecido. Nenhuma dor. Não há fraqueza.

Intrigados, tentamos entender o que havia acontecido.

Guerra: Cara... o que foi aquilo? Achei que você só tinha super força!

Jason: Eu também pensei nisso. Mas toda aquela energia... mostra que a gente ainda não entende por direito nossos poderes.

Natasha: Mas por que só a gente manifestou algo? A gente viu outras pessoas na estrada com habilidades, mas a Zoey, o Nathan e esse aí ainda não mostraram nada... Talvez eles não tenham.

Guerra: Ou talvez sejam só... diferentes.

Nathan: Exato. Nem todo poder é visível. Só não descobri o que ainda temos.

Zoey: E se eu não gosto do que tenho? E se eu machucar quem eu amo?

Jason: Zoey, a gente vai estar aqui. Não importa o que aconteça, vamos enfrentar isso juntos.

Nathan: É isso aí. Tamo contigo.

Natasha: Verdade! Vai ver que você nem tem poder, então nem precisa se preocupar! Kkk.

Zoey: Obrigada, pessoal.

War: Vai ver você é como Anya Forger…

Zoey: Mas eu ainda não ouvi nada!

Guerra: Talvez seja preciso ativar a personalidade dela para liberar o poder! O que nem seria difícil pra você! Kkk.

Zoey: Kkkk obrigada!

Natasha: Isso foi um elogio?

War: E a Natasha com certeza é a Yor no trabalho! Kkkkk.

Zoey: Kkkk é mesmo!

Natasha: Vocês ainda são tão assim com isso?!

Todos riram, menos Natasha que fez cara de brava.

Natasha: Se já acabei, precisamos ir atrás do Tony.

Jasão: Concordo. preciso voltar até a rodovia.

Guerra: Pode ter câmeras em prédios ou nos postos. Talvez estejamos achando algo.

Nathan: Isso vai ajudar nas buscas.

Jason: Então vamos procurar nosso amigo.

Todos: Vamos lá!

Mas, antes que pudessem sair, quatro homens armados invadiram o abrigo, apontando suas armas. Natasha acendeu as chamas nas mãos, e Jason, com energia elétrica surgindo, ficou na frente. A guerra, mesmo sem poderes, também se colocou como escudo.

Jason: Quem são vocês? O que você quer?

Líder dos homens armados: Não somos ninguém. E o que queremos? Viemos pela explosão de energia que rasgou o céu. A gente viu.

Guerra: E por que acha que a gente tá com essa coisa?

Líder: Não acho que seja um objeto. Viemos aqui roubar um banco. Estava indo bem até essa maldita onda de choque trazer zumbis fortes, rápidos... resistentes às balas! Vi três dos meus homens sumirem. E depois disso? Pessoas com poderes destruindo o resto da cidade. Que inferno!

War: É, todo mundo perdeu alguma coisa nesse dia.

Líder: Mas eu não sou como todo mundo. Eu não aceito sair de mãos vazias. Acho que merecemos uma compensação, né, irmãos?

Homem armado 2: Merecemos, nossos amigos morreram por causa de vocês!

Jason: Mas a gente não teve nada a ver com isso!

Natasha: É, por acaso a gente parece com aquelas coisas?

Líder: É o que todos dizem. Igual aos jovens que matamos ali atrás kkk...

Zoey: Oh, meu Deus...!

Enquanto eles contavam seus atos desprezíveis, o céu ficou escuro e uma tempestade elétrica começou a se formar.

Líder: Um deles tinha um poder bosta, tipo brilhar no escuro kkkkk.

Outro homem: Ridículo!

Líder: Pois é, meti uma bala na cabeça dela. A irmãzinha chorou, disse que eu era desprezível... então matei ela também. Pena que uma escapou... golpe de sorte. Sorte que vocês não vão ter. — disse, destravando a arma.

Jason: Espera! Espera!

Líder: Quem foi que liberou aquela energia no céu? Foi você?

War: Já dissemos que não temos essa coisa aqui!

Líder: Ah é? Então por que as mãos do teu amigo estão elétricas?

Jason olhou para suas mãos, agora soltando faíscas intensas. Todos ficaram tensos.

War: Jason... péssima hora pra mostrar seus poderes, mano.

Natasha: Jason, desliga isso!

Jason: Eu... eu não consigo controlar...

Líder: Eu não sei como você fez aquilo, mas essa energia... é poderosa. Muita gente pagaria bem por ela. Não sei nem se você precisa estar vivo pra eu extrair isso... Bem, sempre gostei de riscos.

Os quatro abriram fogo. Mas, antes que as balas acertassem, algo incrível aconteceu: todas pararam no ar, suspensas bem à frente dos jovens.

Os homens armados ficaram nervosos e atiraram ainda mais, mas nada passava.

Natasha: A gente ainda tá vivo...

Zoey: Como?

Jason: As balas estão... paradas!

War: Quem tá fazendo isso!?

Nathan (com mãos erguidas, suando): Acho que... eu!

Todos: Hã...?

War: Legal, haha! kkk.

Jason: Como você tá fazendo isso?

Nathan: Eu não sei! Eu só levantei as mãos e senti... alguma coisa dentro de mim... Mas não vou aguentar muito tempo!

Natasha: Essa "coisa" é seu poder. Agora... deixa eu mostrar o meu.

Natasha lançou uma onda de fogo que incinerou dois dos homens armados. Na confusão, os jovens fugiram, com Jason liderando a saída do supermercado.

Do lado de fora, já mais calmos:

Jason: Nathan, aquilo foi incrível!

Natasha: É, mandou bem, moleque.

Zoey: Você salvou a gente!

Nathan: Não foi nada... eu só fiz o que qualquer um aqui faria.

Natasha: Eu não... eu deixaria as balas acertarem só um aqui kkk.

War: Aproveita o momento, mano. Você mandou muito bem.

Jason: Estamos ficando mais fortes... e mais perto de achar o Tony.

War: É isso aí. Agora só falta a Zoey despertar.

Zoey: Ei, você também não mostrou nada ainda!

Natasha: E se vocês nem tiverem poder? Aqueles quatro não tinham.

Jason: É... então talvez nem todo mundo exposto à onda de choque ganhou poder.

War: Mas a Zoey tem. Eu sei.

Natasha: E como você sabe?

War: Eu apenas sei.

Jason: Tá legal. Quando chegarmos, vamos nos separar e procurar pistas. Eu e o War vamos checar as câmeras do prédio. Vocês vejam nos outros.

Todos: Tá certo.

Depois de alguns minutos, voltaram ao lugar onde tudo começou. Havia outros sobreviventes ali também, talvez com o mesmo objetivo.

Zoey (olhando em volta): Eu não achei que a gente teria que voltar aqui tão cedo...

Nathan (pálido): Eu daria tudo pra estar em outro lugar agora.

Jason: Eu sei que é difícil, mas estamos aqui pelo Tony. Vamos achar o que precisamos e sair antes que aqueles caras nos achem de novo.

De repente, o som de helicópteros e motores ecoou.

War (tenso): Vocês ouviram isso?

Jason: O quê, War?

War: Ouçam... helicópteros!

Nathan: Agora eu ouço... parecem militares!

Helicópteros e veículos militares sobrevoaram e cercaram a área. Os sobreviventes vibraram, pensando que a ajuda havia finalmente chegado. Mas no meio da celebração, War, desconfiado, franziu a testa e sussurrou:

War: Espera... o que é isso...?

Natasha: É o exército, War. Não sabe?

War: Eu sei... mas a pergunta é: o que eles estão realmente fazendo aqui?

Jason (tentando manter a calma): Com certeza vieram ajudar...

War (olhando fixamente): Mas por quê...?

Natasha: — Quem liga? O importante é que eles estão aqui e podem ajudar a achar o Tony!

War (olhando ao redor, desconfiado): — Tem alguma coisa errada…

Nathan (suspirando): — War, relaxa. É o exército dos Estados Unidos, eles vieram pra ajudar!

Jason (encarando War): — O que você tá pensando?

War (frio, calculando): — O acidente foi ontem de manhã. Por que só mandaram ajuda agora? E além disso… tá tudo morto nessa cidade. Nenhuma comunicação funciona. Telefone, TV… nada. A única coisa que poderia ter chamado a atenção foi aquela energia azul no céu, ontem à noite.

Jason (engolindo em seco): — Tá dizendo que eles estão aqui… por minha causa?

War: — Não só por você. Por todos que têm poderes.

Nathan (parando pra pensar): — Até que faz sentido…

Natasha (cortando Nathan com raiva): — Cala a boca, Nathan! E mesmo que estejam aqui por nós, qual o problema? Eles podem ajudar!

War (olhando sério pra ela): — Sério? Como se o governo de vocês fosse deixar pessoas com poderes soltas por aí… vivendo normalmente. Vocês sabem que isso nunca ia acontecer.

Natasha (bufando): — Ah, para, War! Tá confundindo a vida real com os filmes da Marvel. Isso é besteira.

Jason (mais calmo, mas firme): — War… eu sei que você tá preocupado, e deve ter suas razões… Mas não vai acontecer nada. Eles vão nos levar pra casa. Pra nossas famílias. Eu… eu tô com muita saudade da minha mãe. Todos aqui querem voltar pra casa. E você? Não tem ninguém esperando por você?

War (olhando pro chão, voz baixa): — Eu não tenho ninguém nesse país… Mas vocês precisam confiar em mim agora.

Natasha (cruzando os braços): — Você não entendeu o que a gente está sentindo. Você está sozinho. Se quiser ficar, fica. Mas a gente vai — com ou sem você.

War respira fundo, dá um passo à frente e segura a mão de Zoey.

War (olhando nos olhos dela): — Zoey… você sabe do que eu estou falando. Por favor. Vem comigo.

Zoey, com os olhos marejados, olha para Jason e Natasha… e depois de novo para War. Solta devagar a mão dele.

Zoey (sussurrando, com a voz trêmula): — Desculpa… Mas eu… eu tenho muita saudade da minha família. Eles são minha família… Eu preciso ir.

A guerra fica parada. Silencioso. Observando enquanto eles se afastam sem olhar para trás.

Mais adiante, Jason, Natasha, Nathan e Zoey chegam na praça central. Lá, várias pessoas sobem apressadas nos helicópteros militares. Um homem de farda, com um sorriso ensaiado, grita no megafone que veio para ajudar, que vai levar todos para um lugar seguro.

As pessoas lamentam. Choram de ruptura. Achei que o pesadelo acabou.

Mas mal eles sentem… que

o verdadeiro pesadelo estava apenas começando.

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