Dia 3 — O Pânico Continua
A cidade ainda tentava se recuperar da tragédia. Pessoas saíram dos esconderijos e o que encontraram foi puro caos: ruas destruídas, carros virados, edifícios queimados. Marcas dos monstros por toda parte... mas nenhum sinal deles. Onde estavam agora?
Enquanto isso, os jovens lamentavam o desaparecimento de Tony. A tristeza era visível. Natasha e Zoey choraram em silêncio, sem forças nem pra falar.
Minutos depois de terem se escondido no café, começaram a acordar.
Jason: Está todo mundo bem? Natan?
Nathan: Tô bem...
Jason: Zoey?
Zoey: Estou... cadê a Natasha e o Tony?
Jason: Eles são tão ali... ainda desacordados.
Zoey (olhando): Espera... esse não é o Tony. É o Guerra!
Jason (confuso): Natasha? Nat, acorde! Cadê o Tony?
Natasha, ainda grogue, tenta entender onde está.
Natasha: Quanto tempo... a gente ficou desligada?
Nathan (olhando o relógio): Umas 8 horas.
Todos: O quê?!
Nathan: São 4 da tarde. A menos que todos os relógios estejam errados...
Zoey (assustada): Natasha... cadê o Tony?
Natasha começa a chorar de novo, sem conseguir disfarçar.
Natasha (baixa): Ele ficou lá fora... foi atacado.
Jason corre até a porta e percebe que ela estava trancada pelo lado de fora. Num impulso, chuta — e a porta voa. Ele nem percebe o feito. Os quatro saem correndo, gritando pelo amigo.
Zoey (chorando): O que aconteceu?
Natasha (também chorando): Ele empurrou a gente pra dentro e trancou a porta... salvou a gente...
A dor no grupo era pesada. E, como se a tristeza não bastasse, a chuva começou a cair.
Jason (desesperado): Por que ele não entrou depois?
Natasha (soluçando): Eu... eu não sei... Quando eu caí no chão, vi uma daquelas coisas saltando em cima dele...
Jason: Não pode ser...
Zoey: Não! Tony!
Nathan (fraco): Tony...
Natasha, com raiva, aponta para War, que ainda está desacordado.
Natasha (furiosa, com raiva crescente): ¡Es culpa de él! Se não for por este maldito carona, Tony estará aqui!
Zoey (tentando rir): Espera... por que o War ainda não acordou?
Nathan (tentando entrevistar): Calma, Nat...
Natasha (gritando, com raiva): ¡No quiero escuchar! ¡Tony foi por sua culpa!
Jason (firme): CHEGA! A gente vai encontrar o Tony. É isso que importa agora.
Zoey se abaixa perto do War.
Zoey: Gente, ele está queimando... isso não é só febre.
Nathan (olhando preocupado): Isso tá estranho...
Jason: Temos que acordar ele. Guerra! Guerra!
Eu acordei, fiquei com dor.
Guerra (fraco): Tony... ele ficou lá fora...
Zoey: A gente sabe. Ele desapareceu.
Guerra (baixa a cabeça): Ele salvou a gente... Eu sinto muito...
Natasha (com raiva contida): ¿Lo sientes mucho? Por que você não foi parar no seu lugar?!
War (olhando pra ela, sério): Eu... eu entendo. Mas eu vou ajudar a procurar. É o mínimo.
Natasha (fria, olhando com desdém): Não precisamos de você.
Jason: Nat, chega. Quanto mais gente procura, melhor. Precisamos ficar juntos agora.
Natasha (respirando fundo): Tá... mas só até achar o Tony. Depois eu não quero nem olhar pra você.
Ela se afastou, indo em direção à rua principal. Os outros ficam em silêncio por um instante.
Guerra (baixo): Tá tudo bem... eu entendo ela.
De repente, Natasha grita:
Natasha (gritando, em pânico): Chicos! Vengan aqui agora!
Eles correm até ela — e ficaram em choque: as mãos de Natasha estavam em chamas.
Jason (espantado): Como... você está fazendo isso?
Natasha (assustada): Eu não sei! Simplesmente... apareceu!
War (olhando ao redor): Espera... quem foi que chutou aquela porta e fez ela voar?
Todos (olham para Jason): Você!
Nathan (lembrando): Uma onda de choque... aquela explosão...
Zoey (olhando pra Natasha): Será que... aquilo mudou a gente?
Nathan (pensativo): Talvez... talvez tenha afetado quem tava perto... alterado de algum jeito...
Natasha (interrompendo, impaciente): ¡Está bien! Não há necessidade de uma lição agora!
War (olhando sério): Mas... a gente não foi os únicos atingidos pela onda.
Zoey (assustada): Isso quer dizer que...
Jason (olhando pra rua): Todo mundo que tava lá... pode ter poderes.
Eles correm até a estrada principal — e o que veem os deixa paralisados: pessoas por toda parte manifestando poderes. Uns pequenos, outros destruindo tudo ao redor. Explosões, faíscas, um prédio desabando. Gritos. Correria. E a chuva absorvendo como se o próprio céu tivesse enlouquecido.
Jason (firme): precisamos sair daqui! Agora! Sigam-me!
Guerra: Eu conheço um lugar. Vamos!
Eles correm, deixando pra trás uma cena apocalíptica. O início do fim havia começado.
Algum tempo depois, War os guia até um supermercado abandonado. Lá, finalmente pude descansar e comer algo.
Jason: Tá todo mundo bem? Guerra... hum supermercado? Boa ideia.
Nathan: É mesmo! Mandou bem, cara.
Guerra (tentando aliviar o clima): Valeu. Meninas, se precisarem de algo, tem de tudo aqui.
Natasha (seca): Isso aqui não é sua casa.
Zoey (sorrindo de leve): Não liga pra ela. Obrigada, Guerra.
Nathan (olhando o celular): Alguém conseguiu sinal com Nova York?
Jason: Tentei... mas nada. Tá tudo sujo.
Natasha: Será que isso está tão bloqueando aqui?
War: Talvez... mas nem a TV liga. Tá tudo sem sinal.
Nathan (preocupado): Isso está errado. Depois de uma explosão dessa natureza, o governo já devia estar aqui.
Zoey (murmurando): Só queria estar em casa... no meu sofá...
War (sorrindo): ...comendo e exibindo Spy x Family, né?
Zoey (surpresa): Como você sabe?
War: Também sou fã daquela anjinha de cabelo rosa.
Natasha (séria, mudando o tom): A gente não vai sair dessa cidade sem achar o Tony.
Jason (firme): Ninguém esqueceu dele. Mas agora... precisamos descansar. Amanhã... vai ser ainda pior.
Continua...