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Kairos_of_Quimera
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Chapter 1 - Prólogo: O Guardião do Infinito

O Guardião do Infinito, conhecido por poucos como o Cavaleiro Branco, repousava em seu santuário particular – um palácio que desafiava a gravidade e a lógica, suspenso em um mar de estrelas e nebulosas cintilantes. Não era um lugar fixo, mas uma âncora no éter, um ponto de observação privilegiado sobre a tapeçaria sem fim do multiverso. Suas paredes, feitas de uma substância que parecia ser luz solidificada, reverberavam com o silêncio cósmico e o murmúrio distante de bilhões de realidades.

No centro da vasta câmara principal, flutuava a Esfera da Verdade – um orbe translúcido pulsando com o pulsar de universos. Dentro dela, galáxias se torciam em espirais de luz, planetas dançavam em órbitas harmoniosas e, em pontos microscópicos, civilizações inteiras surgiam e pereciam em um piscar de olhos. Era o mapa, o espelho e o coração de tudo o que existia.

O Cavaleiro Branco, uma figura imponente em sua armadura alva e manto esvoaçante que parecia absorver a própria luz estelar, observava a Esfera com uma intensidade serena. Sua voz, quando finalmente quebrou o silêncio do palácio, era um tom suave, porém carregado de uma autoridade que transcendia o tempo e o espaço.

"Parece que está tudo em ordem," ele murmurou, seus olhos azuis brilhando através da fenda em seu elmo, refletindo os mil universos na superfície da Esfera. Um breve flash de caos em um aglomerado distante foi corrigido por um movimento quase imperceptível de sua mão, como quem ajeita um fio solto em um tecido. "Mas acho que vou fazer com os outros vigilantes fazer alguns mundos reagirem há possíveis versões deles mesmos."

Ele inclinou a cabeça, a Esfera girando lentamente à sua frente, revelando novas constelações de possibilidades. A ideia não era apenas diversão, mas um teste, um catalisador para o crescimento, uma forma de forçar a evolução ou a autodescoberta. Os "Vigilantes" – os criadores de conteúdo multiversais que traduziam as complexidades do infinito em narrativas compreensíveis para as entidades curiosas – seriam seus instrumentos. Eles tinham a arte de transformar o caos em "reacts", de trazer à tona verdades ocultas através de comparações e confrontos com o espelho das versões alternativas.

A questão, como sempre, era a escolha. Não qualquer mundo, não qualquer personagem. Precisava ser o certo.

"Mas quem eu trago?" ele ponderou, o tom pensativo ecoando pelas vastas abóbadas do palácio. A Esfera respondeu, exibindo bilhões de possibilidades, cada uma com seus próprios heróis, vilões, e os infinitos tons de cinza entre eles. Qual linha do tempo mereceria esse encontro com seu próprio futuro, passado ou versão alternativa? Qual grupo de indivíduos se beneficiaria mais dessa intervenção cósmica, orquestrada como um grande espetáculo para os Vigilantes?

O Cavaleiro Branco estendeu uma mão, e a Esfera se aproximou, girando mais rapidamente, como se estivesse filtrando incontáveis realidades em busca daquela única, perfeita, para o próximo grande "react" multiversal.