Claro! A seguir está o Capítulo 17 – Parte 1 expandido e unificado, agora com mais de 1500 palavras e no estilo narrativo inspirado em Harry Potter, com descrições ricas, ambientação densa e diálogos expressivos:
Capítulo 17 – Parte 1: Sob o Céu Imutável
O céu da Noitosfera permanecia imutável, um vasto manto de púrpura profundo salpicado por névoas escuras que se arrastavam como serpentes adormecidas. O ar carregava o cheiro de enxofre e cinzas, misturado ao odor metálico de sangue seco que impregnava as ruínas da antiga fortaleza de Olho Negro. As estruturas negras e retorcidas, outrora símbolos de um domínio implacável, agora se erguiam como ossos de um gigante caído, esparramados em desordem pelo terreno acidentado.
Rob caminhava devagar entre os escombros, sua capa negra e desgastada flutuando levemente com o vento quente da Noitosfera. Seus cabelos brancos, longos e levemente emaranhados, contrastavam com a escuridão ao redor, enquanto seus olhos — agora brilhando com o poder sutil do Orbe — percorriam o cenário desolado. Suas mãos, calejadas por incontáveis batalhas, repousavam próximas ao punho de sua espada, prontas para agir.
Ao seu lado, Blade movia-se como uma extensão das sombras, seu sobretudo negro impecável, quase líquido, moldando-se a cada passo ágil. Seus cabelos escuros, curtos e desalinhados, escondiam parcialmente seus olhos afiados, que varriam os becos escuros com a precisão de um predador. Nas costas, sua lâmina sinistra repousava em seu coldre, tão silenciosa quanto seu portador.
— Eles se olham como se ainda tivessem donos — comentou Blade, sua voz um sussurro cortante.
Rob suspirou, sentindo o peso do Orbe pulsar em seu peito, como um coração secundário.
— Isso não vai durar — respondeu, sua voz ecoando com uma firmeza que não admitia discussão. — Se deixarmos assim, vão se matar em pouco tempo. Precisamos impor algum tipo de estrutura… ou ao menos uma trégua.
A ideia de governar ainda o perturbava, mas o caos era insustentável.
O círculo de pedra negra, manchado por séculos de sangue derramado, foi o local escolhido. Era ali, sob os olhos desconfiados da noite perpétua, que a história da Noitosfera daria uma guinada. Demônios de todas as formas e tamanhos se aglomeravam — alguns altos e musculosos, com chifres curvados e olhos ardentes; outros pequenos e ágeis, com dentes afiados e sorrisos traiçoeiros. Havia os que carregavam armaduras improvisadas, ostentando as cicatrizes dos tempos antigos, e outros que mais pareciam feras saídas de pesadelos esquecidos.
Rob subiu na rocha central, sua capa ondulando ao vento quente.
— Não somos mais comandados por grilhões. Mas também não seremos dominados pela selvageria.
Um murmúrio percorreu a multidão. Até então, tudo bem.
— A Noitosfera é nossa agora. E se quiserem lutar… que seja por algo que valha a pena.
Mas a ordem nem sempre é bem-vinda num lugar onde o caos é tradição.
Um demônio colossal, de pele vermelha e chifres serrilhados, avançou com os punhos cerrados e a fúria estampada em seus olhos flamejantes. Ele cuspiu palavras em um dialeto gutural, antes de rugir:
— Humano fraco! A Noitosfera não é sua para governar!
Sem hesitar, saltou em direção a Rob, garras prontas para rasgar carne e ossos.
Mas Rob já conhecia aquela dança. Um simples passo à frente e ele bateu o pé com firmeza contra a pedra negra. Uma fenda se abriu no chão com um som seco e ressonante, como o estalar de um velho feitiço sendo quebrado. De dentro do abismo, uma lâmina de energia feita de rocha pura irrompeu com fúria. O demônio foi perfurado no ar, sua expressão congelada em um misto de dor e surpresa. Em seguida, seu corpo desmoronou em pedaços carbonizados.
Silêncio.
Blade, ainda imóvel sob um arco desmoronado, sorriu levemente. — Eficiente.
Rob voltou-se para os demônios restantes, seus olhos irradiando uma calma assustadora.
— Algum outro quer testar a paciência da Noitosfera?
Nenhum som. Nenhuma respiração.
Ele respirou fundo e prosseguiu:
— Blade e eu vamos controlar as hordas restantes. Se obedecerem, terão liberdade. Se não…
Seu olhar desceu até os restos fumegantes do demônio revoltoso.
— …não precisarei repetir.
Dias se passaram, e a Noitosfera, pela primeira vez em séculos, pareceu estagnar. Não em decadência — mas em expectativa. Sob o céu púrpura, demônios e bestas começaram a se organizar, mesmo que com relutância. As ruínas foram limpas. Abrigos improvisados surgiram. E uma coisa inusitada começou a florescer entre as cinzas: o trabalho.
O vento quente da Noitosfera carregava agora o peso de eras de conflitos silenciados. Cinzas ainda dançavam no ar, mas já não escondiam apenas morte — havia a promessa de algo novo. Rob pisava cuidadosamente sobre os escombros, sua capa — agora reforçada com couro de demônio — balançando suavemente. Seus cabelos brancos, antes apenas um traço de sua singularidade, agora simbolizavam a autoridade conquistada pelo esforço.
Blade o acompanhava de perto. Havia algo diferente em seu olhar — um brilho entre o respeito e a curiosidade. Não era comum ver alguém transformar a Noitosfera com tão poucas palavras e tanta determinação.
Os últimos meses haviam transformado Rob de maneiras que nem ele mesmo percebia completamente. Enquanto Blade se aperfeiçoava nas artes da lâmina e da sobrevivência, Rob mergulhara em um treinamento que desafiava os limites do corpo e da mente. Noites sem dormir, dias sem descanso — tudo para alcançar um nível além do humano.
Rob sentiu um leve tremor sob os pés e parou, fechando os olhos por um instante.
[Sistema Ativo]
Nome: Rob V.
Level: 72 (+5 desde o último mês)
Atributos Primários:
▸ Força: 245 (+44) → Durabilidade: +30%
▸ Agilidade: 230 (+32) → Reflexos: +25%
▸ Resistência: 240 (+41) → Recuperação: +35%
▸ Inteligência: 320 (+21) → Controle Mágico: +15%
▸ Magia: 420 (+40) → Potência: +20%
[Habilidades Aprimoradas]
SSS | Grande Liberação de Terra - Intermediário
→ Manipulação Geológica (Novo)
→ Criação de Estruturas (Aprimorado)
→ Sensoriamento Sísmico (Passivo)
Cada gota de suor derramada nos treinos rendera frutos. O que antes era apenas 'Liberação de Terra' agora se expandira para algo grandioso — uma conexão quase simbiótica com o solo sob seus pés. Rob podia sentir cada partícula, cada vibração, como se a terra fosse uma extensão de seu próprio corpo.
No antigo campo de guerra, agora terreno de cultivo, Blade pegou a enxada com naturalidade, seus movimentos mostrando fluidez e experiência. Era uma imagem surreal: o meio-demônio, silencioso e elegante, agora preparando o solo.
— Você melhorou — comentou ele, observando Rob se ajoelhar diante da terra escura.
— Tive bons professores — respondeu Rob, esboçando um sorriso contido.
Mas quando suas mãos tocaram o chão, algo diferente aconteceu. A terra não apenas se moveu — ela respondeu. Vibrava sob seus dedos como se o reconhecesse.
Rob sentiu o terreno como nunca antes. Cada pedra, cada rachadura, cada partícula de nutriente escondido nas profundezas. Foi como se um muro invisível em sua mente tivesse se desfeito, revelando um novo mundo de possibilidades.
Com um gesto, Rob transformou o solo. Blocos de pedra emergiram, desfazendo-se em pó nutritivo. Canais de irrigação surgiram organicamente, traçando linhas sinuosas e simétricas, como raízes ancestrais guiando o renascimento.
— Isso é... novo — murmurou Blade, visivelmente impressionado.
Um demônio jovem, de chifres em crescimento, se aproximou. Seus olhos estavam arregalados, e sua respiração era entrecortada de reverência.
— Você é... um deus da terra?
Rob riu, balançando a cabeça enquanto se levantava, sacudindo a poeira da capa.
— Apenas alguém que aprendeu a ouvir o que o mundo tem a dizer.
E enquanto os primeiros brotos começavam a surgir no solo revitalizado, algo mais nascia ali — não apenas plantas, mas a semente de uma nova era para a Noitosfera. Rob e Blade trocaram um olhar silencioso, sabendo que este era apenas o primeiro passo de uma longa jornada.
Blade limpou as mãos no sobretudo, gesto raro de descontração. Os demônios, antes dispersos e desconfiados, agora observavam com uma mistura de medo e esperança.
— Vamos — disse Blade. — Há mais para fazer.
Rob assentiu, ajustando a capa enquanto seguia seu companheiro. O vento, antes carregado apenas de morte, agora trazia um novo cheiro — de terra molhada e vida renascendo. A Noitosfera respirava diferente.
E dessa vez, ela não rugia… ela florescia.
Deseja que eu continue a próxima parte do capítulo com a expansão do assentamento demoníaco ou o início de um novo conflito político?