Coloquei o terno mesmo com a dor queimando sob a pele. Salin me entregou um anti-inflamatório e o olhar dele dizia tudo: a calmaria tinha ficado pra trás.
Puxei ele pra mim, tocando nossos narizes.
— Você acabou comigo, Salin. — Sussurrei contra a pele alheia. Ele sorriu, meio tímido, meio preocupado, mas com um brilho orgulhoso.
— Se o mundo estiver acabando, é bom saber que só precisamos de uma cama. — Ele disse atrevido.
— Oh, sim, eu dormi muito bem.
— Acho que você desmaiou.
— Você ficou preocupado?
— Conferi a cada cinco minutos.
Segurei-o com um pouco mais de força.
— Acho que alguém precisa de uma massagem.
— Eu quero. — Ele se encostou no meus lábios. Seguindo em direção a porta.
Observei.
Sair dali era voltar à vida real. Era me mostrar para eles um homem mais firme, do que sou quando estou com Salin.
A ardência do meu ombro não me deixava esquecer que algum filho da puta, tá mexendo em pauzinhos que não deve.